Foto de biquíni de Karoline Leavitt gera debate

Imagem antiga da secretária de imprensa de Trump, publicada em 2023, volta a circular e divide opiniões nas redes

Uma fotografia da secretária de imprensa de Donald Trump, Karoline Leavitt, viralizou no último sábado (27) e reacendeu o debate sobre padrões de conduta nas redes sociais de autoridades. O registro — em que Leavitt aparece de biquíni, brincando com o filho em uma praia de Massachusetts (EUA) — foi originalmente publicado em julho de 2023, antes de ela assumir o posto, mas ganhou tração novamente por não ter sido apagado após sua nomeação.

Nas redes, especialmente no X (antigo Twitter), o conteúdo polarizou reações. Críticos questionam se a foto seria “adequada” para alguém no cargo de porta-voz presidencial, argumentando que a função exigiria comunicação e postura estritamente profissionais. Defensores, por outro lado, minimizam a polêmica e veem o caso como moralismo excessivo, ressaltando tratar-se de uma cena familiar comum. “Qual é exatamente a sua objeção? Apenas uma mãe de biquíni se divertindo com o filho”, respondeu um usuário.

Quem é Karoline Leavitt

Aos 27 anos, Leavitt tornou-se a mais jovem a ocupar a secretaria de imprensa no entorno presidencial. Nascida em New Hampshire, foi porta-voz da campanha de Trump e, em 2022, concorreu à Câmara dos Deputados, sem sucesso. Também atuou como assistente de imprensa do republicano no primeiro mandato. Ao anunciá-la, Trump afirmou que Leavitt é “inteligente, forte e uma comunicadora altamente eficaz”, dizendo ter “total confiança” no trabalho dela.

Leavitt sucedeu Karine Jean-Pierre, que fez história como primeira mulher negra e homossexual a chefiar a secretaria de imprensa da Casa Branca. Tradicionalmente, o porta-voz da Presidência conduz briefings diários, detalha a agenda oficial e responde a questionamentos da imprensa sobre temas de governo.

O que está em jogo

O episódio evidencia a zona cinzenta entre a vida privada de autoridades e a expectativa pública de conduta — ainda mais quando postagens antigas permanecem acessíveis após a ascensão a cargos de destaque. Para especialistas em comunicação política, o caso reforça a necessidade de políticas claras de governança digital e de curadoria de conteúdo em perfis pessoais de agentes públicos, sem ignorar o direito à vida privada.