Jornalista e radialista manteve vivo o legado de Mário Garófalo e transformou a emissora em referência cultural no DF
A jornalista e radialista Lúcia Garófalo, diretora da Brasília Super Rádio FM, faleceu na noite de sábado (23/9), aos 72 anos. Reconhecida por sua voz inconfundível, Lúcia era quem diariamente lembrava os ouvintes de que “a diferença é a música”, lema que traduzia a originalidade da emissora: única a manter em sua programação gêneros como boleros, samba-canção, marchinhas de carnaval e música clássica, em todos os horários.
O velório acontece nesta segunda-feira (25/9), na Capela 7 do Campo da Esperança, das 8h às 11h, seguido do sepultamento.
A paixão pela música marcou sua trajetória ao lado do marido, Mário Garófalo, criador da rádio e seu eterno companheiro. Considerada a emissora mais segmentada do Brasil, a Brasília Super Rádio FM construiu um público fiel que acompanhava de perto a proposta de resgatar memórias e valorizar a música de qualidade.
Com a morte de Mário em 2004, Lúcia assumiu a presidência da rádio e se dedicou a preservar integralmente a herança do marido, mantendo viva a essência que fazia da emissora uma referência cultural no Distrito Federal.
O jornalista, ator e diretor de teatro Alexandre Ribondi, que conviveu com Lúcia, lembrou com carinho de sua trajetória:
“Quando cheguei a Brasília, nos anos 60, minha vizinha era Lúcia Garófalo — que já tinha aquele jeito inconfundível. Passei a ser ouvinte da Super Rádio por causa dela e da sua voz, sempre embrulhada no mesmo sorriso. Eu não sabia se ria ou se aplaudia quando ela entrava com o noticiário, mas sempre aplaudia. Porque serei pra sempre vizinho da Lúcia, uma grande mulher.”
Com a partida de Lúcia Garófalo, Brasília perde não apenas uma comunicadora, mas uma guardião da memória musicale da história radiofônica da capital.