BRB atualiza números da compra de parte do Banco Master

Instituição excluiu R$ 51,2 bilhões em ativos e passivos da operação e projeta lucro líquido superior a R$ 2,7 bilhões em 2029

Banco de Brasília (BRB) informou, nesta sexta-feira (22/8), por meio de Fato Relevante, novas atualizações sobre a operação de compra de parte do Banco Master. Após estudos e avaliações técnicas, a instituição decidiu excluir aproximadamente R$ 51,2 bilhões em ativos e passivos da transação.

Do lado do ativo, foram retirados:

  • R$ 9,43 bilhões em precatórios
  • R$ 7,59 bilhões em operações de crédito concentradas ou sem garantias reais
  • R$ 19,48 bilhões em fundos de investimento em direitos creditórios e ações
  • R$ 2,47 bilhões em certificados de recebíveis imobiliários (CRI)
  • R$ 12,28 bilhões em outros créditos, incluindo recebíveis de ativos judiciais e posições não avaliadas

Do lado do passivo, a exclusão envolveu aproximadamente R$ 33 bilhões em Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) distribuídos por plataformas de investimento.

Ajustes e provisões

A auditoria também apontou ajustes de R$ 601,9 milhões no patrimônio líquido, concentrados em exposições tributárias, trabalhistas e valores a receber. Além disso, os acionistas do Banco Master reforçaram em R$ 2 bilhões as provisões de crédito, ampliando a cobertura da carteira.

Com essas atualizações, o ativo de partida do Banco Master foi estabelecido em cerca de R$ 24 bilhões. Somado ao BRB, o novo conglomerado prudencial terá aproximadamente R$ 100 bilhões em ativos.

Projeções de lucro

O BRB informou que a conclusão do negócio deve acrescentar R$ 1,5 bilhão ao resultado do quinquênio, permitindo entregar um resultado superior a R$ 2,7 bilhões em 2029.

As projeções de lucro líquido divulgadas foram:

  • R$ 1,254 bilhão em 2025
  • R$ 1,251 bilhão em 2026
  • R$ 2,375 bilhões em 2027
  • R$ 2,639 bilhões em 2028
  • R$ 2,704 bilhões em 2029

Estrutura de gestão

Sobre a governança do conglomerado após a transação, o BRB destacou que será criado um novo grupo de controle, ficando definido que os atuais controladores do Banco Master não terão poderes políticos nem participação na gestão.