Operação mira reduto do Hamas; Exército afirma que civis receberão avisos para evacuar enquanto ataques avançam
O Exército de Israel confirmou nesta tarde o início do plano de tomada total da Cidade de Gaza, região mais populosa da Faixa de Gaza. Segundo o porta-voz militar Effie Defrin, “ações preliminares” já estão em andamento, com as forças israelenses controlando os arredores da cidade.
O anúncio ocorreu horas após o ministro da Defesa Israel Katz aprovar oficialmente o plano e convocar 60 mil reservistas, que devem se apresentar até 2 de setembro. Entre eles estão soldados da inteligência e unidades de suporte de combate, segundo o Times of Israel.
Cidade de Gaza como alvo estratégico
De acordo com o porta-voz, a Cidade de Gaza é considerada um “reduto político e militar” do Hamas. O Exército declarou que realizará operações para minimizar vítimas civis, com avisos prévios de evacuação aos moradores.
Apesar disso, a guerra já deixou mais de 60 mil palestinos mortos, a maioria civis, e mais de 200 pessoas morreram de fome desde o início do conflito.
Ajuda humanitária e deslocamento de civis
Israel afirmou que a ajuda humanitária continuará entrando em Gaza e que serão criados “pontos adicionais de distribuição” para alimentos. Fontes militares informaram ao The New York Times que o plano inclui medidas para acomodar pessoas que deixarem suas casas em direção ao sul do enclave.
Netanyahu pressiona por decisão
O início da ofensiva ocorre enquanto mediadores internacionais aguardam a resposta de Benjamin Netanyahu sobre uma nova proposta de trégua. A expectativa é que o premiê israelense se posicione até o fim de semana.
Segundo o governo israelense, além da tomada da Cidade de Gaza, o plano prevê assumir o controle de toda a Faixa, libertar reféns e desarmar o Hamas.