Elizabeth Bagley, ativista democrata e arrecadadora de campanha de Joe Biden, afirma que não ficará no cargo sob o comando de Donald Trump.
A embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Bagley, indicada pelo presidente Joe Biden, deixará o cargo na próxima sexta-feira (17), três dias antes da posse de Donald Trump, marcada para 20 de janeiro de 2025.
Bagley, que não é diplomata de carreira, mas possui perfil político, foi arrecadadora de campanha de Biden e declarou que não permaneceria como embaixadora nem por um dia durante a gestão Trump. A saída segue a tradição de embaixadores nomeados por presidentes que não se reelegeram ou não fizeram sucessores.
Últimos dias no Brasil
Antes de retornar aos EUA, Bagley aproveitou para viajar com a família, incluindo uma visita ao Pantanal. Em entrevista à CNN Brasil, em agosto, destacou os 200 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, ressaltando que os laços entre os países se baseiam em valores democráticos e não em líderes específicos.
“Nosso relacionamento bilateral é baseado em valores democráticos compartilhados, não em qualquer líder político específico”, afirmou.
Bagley também citou que investimentos de empresas norte-americanas no Brasil ultrapassam R$ 1 trilhão, colocando os EUA como o maior investidor estrangeiro. Ela ainda elogiou as ações ambientais da gestão Biden, reconhecendo que dificilmente se repetirão no governo Trump.
Próximo embaixador pode ser aliado de Trump
Com maioria no Senado, responsável por aprovar indicações diplomáticas, Trump deverá ter facilidade para nomear novos representantes. Na sua primeira gestão, em 2020, indicou Todd Chapman, que manteve relação próxima com a família Bolsonaro e gerou críticas ao participar de um churrasco com o ex-presidente durante a pandemia.