Vídeo que alega que a primeira-dama seria uma mulher trans volta ao centro de disputa judicial. Tribunal havia absolvido responsáveis, mas recurso foi apresentado por Brigitte, seu irmão e o Ministério Público.
O ataque começou com um vídeo no YouTube — e se transformou em um caso judicial com implicações éticas, políticas e sociais.
Nesta segunda-feira (14), o advogado da primeira-dama da França, Brigitte Macron, confirmou que ela entrou com recurso contra a absolvição das duas mulheres que espalharam a fake news de que ela seria uma mulher trans.
O processo, que corre no Tribunal de Apelações de Paris, ganhou reforço: o irmão de Brigitte, Jean-Michel Trogneux, e o Ministério Público francês também recorreram da decisão.
📹 A origem da mentira
A desinformação começou com a publicação de um vídeo no YouTube, em que Natacha Rey, autodenominada “jornalista independente”, entrevista a médium Amandine Roy. Juntas, elas sugerem que Brigitte Macron teria mentido sobre sua identidade de gênero, chamando o caso de uma suposta “mentira de Estado”.
No vídeo, as duas mulheres:
- Alegam que Brigitte não é mãe de seus três filhos
- Afirmam que ela se submeteu a cirurgias para alterar sua aparência
- Exibem fotos da família Macron
- E revelam informações pessoais do irmão da primeira-dama, sem autorização
⚖️ Decisão contestada
O Tribunal francês havia absolvido as responsáveis pelo conteúdo, argumentando, segundo a defesa, que não houve dolo suficiente para configurar crime.
Mas a reação não tardou: os recursos protocolados visam reverter essa decisão e responsabilizar criminalmente as envolvidas pela disseminação de informações falsas, invasão de privacidade e difamação.
🧠 Mais do que uma fake news: o que está em jogo
- O uso da internet para ataques pessoais e políticos
- A transfobia disfarçada de “denúncia”
- A proteção da vida privada de figuras públicas
- O papel da Justiça diante da viralização de discursos difamatórios
Este não é apenas mais um caso de desinformação. Ele coloca em discussão:
A tentativa de deslegitimar uma figura pública por meio de teorias falsas baseadas em identidade de gênero não apenas desinforma — mas alimenta o preconceito.
🌐 Reações e desdobramentos
A repercussão internacional cresce, especialmente entre veículos europeus atentos à onda de desinformação que atinge líderes políticos e seus familiares.
O Palácio do Eliseu, até agora, mantém silêncio institucional sobre o caso.
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