Iphan anuncia restauração da Praça dos Três Poderes

Projeto será financiado pelo Novo PAC e integra as comemorações dos 65 anos de Brasília; espaço passará por modernizações sem perder o traçado original de Niemeyer

Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) anunciou, nesta terça-feira (22/4), o início do projeto de restauração da Praça dos Três Poderes, marco cívico e arquitetônico da capital federal. A iniciativa faz parte das comemorações pelos 65 anos de Brasília e será viabilizada por meio de recursos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em parceria com o Governo do Distrito Federal (GDF).

O anúncio foi realizado durante evento no Sesi Lab, com a presença de autoridades, especialistas e representantes da sociedade civil.

Patrimônio modernizado com respeito ao legado

O escopo do projeto inclui a revitalização do piso, a restauração de monumentos e obras de arte, além de melhorias significativas em acessibilidade, segurança e sinalização turística. Também será requalificada a estrutura do Museu da Cidade e do Espaço Lúcio Costa, dois dos principais pontos culturais da praça.

“O desafio é garantir mais conforto sem desrespeitar o traçado original da Praça”, afirmou Leandro Grass, presidente do Iphan. “Esse é um lugar onde convergem os três poderes da República. Ele simboliza a democracia, a inclusão e a própria identidade brasileira.”


Arquitetura como símbolo nacional

Projetada por Oscar Niemeyer, a Praça dos Três Poderes é um dos espaços mais icônicos do modernismo brasileiro. Ali estão localizados o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal — representações materiais do equilíbrio institucional entre os Poderes da República.

Além do valor simbólico, o local é tombado como patrimônio histórico nacional e faz parte do conjunto urbanístico reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.


Compromisso com o futuro e o passado

A restauração da Praça dos Três Poderes atende não apenas a uma demanda estética, mas também funcional e simbólica: preservar a memória nacional, promover acessibilidade universal, e valorizar um espaço que é, ao mesmo tempo, cenário político e ponto turístico de projeção internacional.

Segundo o Iphan, as obras devem começar nos próximos meses, com execução faseada e cuidados específicos para manter a integridade arquitetônica e artística dos elementos originais.