O ano de 2026 começou aquecido para o empreendedorismo brasileiro. De janeiro a março, mais de 1,4 milhão de novos negócios foram abertos no país — sendo 26.732 apenas no Distrito Federal, um crescimento de 36,3% em relação ao mesmo período de 2024, segundo levantamento do Sebrae Nacional com base em dados da Receita Federal.
O desempenho do DF acompanha uma tendência nacional impulsionada, principalmente, pelos microempreendedores individuais (MEIs), que representaram 78% do total de CNPJs abertos no país no primeiro trimestre.
MEI lidera o movimento de formalização
O número de MEIs registrados até março cresceu 35% em comparação com o mesmo período do ano passado. Já as micro e pequenas empresas tiveram aumento de 28% no mesmo intervalo.
A formalização segue sendo vista por muitos brasileiros como alternativa para geração de renda, estabilidade tributária e acesso a crédito — especialmente em um cenário econômico ainda volátil.
Setores mais procurados
O setor de Serviços segue como o grande motor da criação de novos negócios:
• Foram 257.156 registros em março, representando 63,7% do total nacional.
• O Comércio vem em seguida, com 83.921 novos negócios (20,8%).
• A Indústria da Transformação aparece em terceiro, com 30.859 novos empreendimentos (7,6%).
Panorama regional: Sudeste segue líder, mas Norte e Nordeste avançam rápido
Entre os estados com maior número de novos CNPJs no primeiro trimestre estão:
• São Paulo – 28,6% do total nacional
• Minas Gerais – 10,9%
• Rio de Janeiro – 7,8%
Mas o maior avanço proporcional veio do Nordeste e do Norte. Três estados se destacaram pelo crescimento acelerado:
• Ceará – alta de 56,8%
• Piauí – 55,3%
• Amazonas – 51,3%
Empreendedorismo como motor da retomada
Os dados refletem não apenas o dinamismo econômico do país, mas também a resiliência e criatividade do brasileiro diante dos desafios. A crescente formalização mostra que o empreendedorismo segue como uma das principais estratégias de autonomia financeira e desenvolvimento regional.
Com incentivos adequados, capacitação e acesso ao crédito, o avanço dos pequenos negócios — especialmente no setor de serviços — pode ser um dos pilares da retomada econômica em 2025.