Tensões aumentam após novas tarifas impostas por Donald Trump; China eleva gastos com defesa em 7,2%
A relação entre China e Estados Unidos atingiu um novo patamar de tensão nesta quarta-feira (5/3). Em resposta às tarifas comerciais impostas pelo governo de Donald Trump, Pequim declarou estar pronta para lutar em “qualquer tipo de guerra”.
Guerra comercial e retaliação imediata
As duas maiores economias do mundo estão à beira de um embate econômico severo. Trump anunciou tarifas sobre todos os produtos chineses que entrarem nos EUA, e a China reagiu com tarifas de 10% a 15% sobre produtos agrícolas norte-americanos.
A resposta oficial veio da Embaixada da China em Washington, que afirmou no X (antigo Twitter): “Se é guerra o que os EUA querem, seja tarifária, comercial ou qualquer outra, estamos prontos para lutar até o fim.”
China aumenta orçamento militar
Enquanto o clima esquenta, Pequim anunciou um aumento de 7,2% nos gastos com defesa para 2025. O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, declarou que o mundo passa por “mudanças nunca vistas em um século” e que a China deve se preparar para desafios maiores.
O anúncio veio durante o Congresso Nacional do Povo, evento anual que define diretrizes políticas e econômicas do país.
Pequim tenta se fortalecer globalmente
Apesar da retórica firme, a China busca equilibrar sua imagem internacional. O governo quer mostrar estabilidade e crescimento econômico, contrastando com os EUA, que Pequim acusa de envolvimento em conflitos no Oriente Médio e na Ucrânia.
Além disso, Pequim pode explorar as tensões de Trump com Canadá e México, que também foram atingidos por tarifas, para fortalecer suas relações comerciais e políticas globais.
O que esperar nos próximos meses?
A escalada de tensões entre China e EUA pode redefinir o cenário econômico mundial. Com tarifas, sanções e demonstrações de força militar em jogo, a disputa vai além do comércio e se torna uma questão de influência global. Resta saber até onde as duas potências estão dispostas a ir.