Aclamado pelo público desde “Amor Sem Igual”, o ator conta sobre os desafios de viver o personagem no espetáculo que está em cartaz no Teatro Itália, em SP, envolvendo os dilemas entre a religião e a sexualidade e o primeiro beijo gay da carreira de Sampaio
O pequeno Ivan de “Amor Sem Igual” da Record cresceu e agora brilha nos palcos. Matheus Sampaio, agora com 17 anos, dá vida a Filipe, um jovem seminarista que vive um amor proibido com José (Henry Cechini) às vésperas do parceiro se tornar padre. Dirigido por Luccas Papp, “Libélula” está em cartaz entre os dias 18 de janeiro a 22 de fevereiro, aos sábados, no Teatro Itália, em São Paulo.
Experimentando o primeiro beijo gay na arte, Matheus destaca esse como o seu maior desafio ao viver Filipe. “Sou uma pessoa livre de preconceitos, então essa não é a questão. Mas foi um grande desafio, pois não é somente interpretar e sim levar a emoção que a personagem pede. Me dediquei muito e espero que o público goste do resultado”.
O papel chegou através de uma audição anunciada pelas redes sociais. “Vi e no mesmo momento me inscrevi. Me empenhei muito, mergulhei na história, me encantei pelo livro e consegui o papel”, relembra, e destaca ainda como uma grande conquista.
“Adorei receber a notícia que ganhei o papel justamente por ser um desafio gigante na minha carreira. Filipe é um jovem incrível, que após um passado doloroso de perdas, encontra acolhimento em Dona Violeta e busca um propósito maior no seminário, mas sua vida tranquila muda completamente com a chegada de José”.
Antes de tudo, a história narra um amor simples e genuíno. Segundo Matheus, os dois personagens se apaixonam à primeira vista. Conforme o tempo passa, o amor se solidifica e os dois vão se descobrindo às escondidas.
Além do romance, o enredo aborda a urgência da felicidade e dos conflitos entre a religião e as escolhas de vida. “José e Filipe se veem em um momento de se libertarem do casulo. Daí para saber o que acontece, o público vai ter que assistir! Tenho certeza que vão se emocionar. O amor rompe barreiras e enche corações, por mais difícil que seja”.
Enfrentando o desafio de deixar sua cidade natal – Rio Claro, no interior de São Paulo – para encarar a vida na capital e apostar na arte, Matheus vem se tornando um ator plural. Após o papel na Record, estrelou diversos curtas e estará em dois longas em 2025: “O Último Episódio”, de Maurilio Martins e “Memórias de Elefante”.
E as novelas não ficaram para trás. O ator destaca Selton Mello como sua maior referência e assim como o artista, afirma que a paixão pela atuação se estende a todas as facetas. “Quero fazer tudo, seja onde for, a arte me inspira e me guia, quero estar sempre em movimento”.