Em pedido de prisão desta segunda-feira (02), acatado pela Justiça, González Urrutia é acusado de suposta usurpação de funções, falsificação de documentos públicos, conspiração e associação criminosa, entre outros.Um juiz da Venezuela ordenou nesta segunda-feira (02/09) a prisão de Edmundo González Urrutia, candidato da oposição à presidência.
A ordem foi assinada pelo juiz Edward Briceño, poucas horas depois de o Ministério Público da Venezuela pedir a prisão.
Em documento assinado pelo promotor Luis Ernesto Dueñez Reyes, González Urrutia foi acusado de suposta usurpação de funções, falsificação de documentos públicos, instigação à desobediência às leis, conspiração, sabotagem de sistemas e associação criminosa.
O pedido de prisão foi enviado a um juizado especializado em casos de terrorismo.
Esta é a primeira vez que é emitido um mandado de prisão contra González Urrutia, diplomata aposentado.
Antes, ele havia sido convocado pelo Supremo Tribunal da Venezuela (TSJ) para testemunhar, depois que o governo de Nicolás Maduro pediu ao órgão que revisasse os resultados das eleições.
Nome mais popular da oposição, María Corina Machado afirmou em suas contas nas redes sociais que o poder venezuelano, que seria alinhado ao presidente Maduro e ao chavismo, “perdeu toda a noção da realidade”.
“Ao ameaçar o presidente eleito, apenas conseguem nos unir mais e aumentar o apoio dos venezuelanos e do mundo a Edmundo González”, escreveu a opositora sobre o pedido de prisão de González Urrutia.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou o presidente Nicolás Maduro vencedor do pleito de 28 de julho, mas nunca publicou as atas detalhadas que comprovariam o resultado.
A oposição denuncia que os resultados anunciados pelo CNE foram adulterados e que o vencedor teria sido González Urrutia.