Numa fala que pegou os diplomatas de surpresa, a presidente eleita do México, Claudia Sheinbaum, não confirmou a posição até então assumida pelo seu país de trabalhar por uma mediação na Venezuela. Nos bastidores, mexicanos, colombianos e brasileiros costuram uma saída política para a crise. Mas, nesta segunda-feira, uma fala sua colocou dúvidas se seu governo, que começa no dia 1º de outubro, manterá a posição atual dos mediadores.
Há duas semanas, a eleição venezuelana abriu uma impasse profundo no país. De um lado, o regime de Nicolás Maduro se recusa a apresentar as atas da votação e afirma que venceu o pleito. De outro, a oposição insiste que houve fraude e que ela venceu a eleição.
A aposta da comunidade internacional passou a ser os esforços coordenados iniciados por México, Brasil e Colômbia para abrir canais de diálogo. Numa nota conjunta, há mais de uma semana, os três países indicaram que exigiriam transparência por parte de Maduro e não chancelaram sua narrativa de que houve uma suposta vitória de seu campo na eleição.