No relatório, Freire faz referência ao confronto de Musk com as autoridades do Brasil, além de expressar preocupações de concorrência relacionadas à expansão dos empreendimentos
A equipe técnica da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) iniciou um procedimento para examinar os efeitos da eventual ampliação dos serviços de internet via satélite da Starlink no território brasileiro.
O movimento ocorre imediatamente após o bilionário Elon Musk, proprietário da empresa, ter tecido críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), a quem chamou de “ditador do Brasil”.
No documento, Freire menciona o embate de Musk com autoridades brasileiras, além de preocupação concorrencial com a expansão dos negócios. Ele também aponta ponderações da comunidade internacional sobre “sustentabilidade espacial”.
Moraes incluiu, em 7 de abril, o empresário que também é dono do X, antigo Twitter, como investigado no inquérito que apura a existência de milícias digitais antidemocráticas e seu financiamento. O ministro do STF ainda determinou a abertura de investigação sobre possíveis crimes de obstrução à Justiça.
Na decisão, Moraes afirmou que a medida se justifica pela “dolosa instrumentalização criminosa” do X, em conexão com os fatos investigados nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos. No dia seguinte, o empresário disse que Moraes se tornou ditador e tem Lula “em uma coleira”.