O “Colega Solidário” promove relações saudáveis entre os pares e atua na prevenção de casos de bullying
Um bom acolhimento em sala de aula pode evitar diversos problemas comuns na rotina escolar. Para fortalecer as relações, promover interações saudáveis entre os estudantes e prevenir casos de bullying, o Colégio Marista Asa Norte, em Brasília, acaba de implementar um projeto inovador, o “Colega Solidário”.
Em funcionamento desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, a proposta funciona com o objetivo de acolher os colegas novatos, tirar dúvidas, apresentar os espaços escolares e fortalecer os vínculos entre os pares durante o ano letivo. Além disso, trabalha valores, como cuidado, respeito e solidariedade, entre as crianças e jovens.
Para a orientadora pedagógica dos Anos Finais do Ensino Fundamental, Ellen Cristina Gonçalves, o “Colega Solidário” pode ser entendido como uma mentoria: “a intenção é que o estudante novato seja acolhido pela turma e caso tenha dúvidas ou se sinta inseguro, tenha um auxílio seguro. Esse guia ou mentor está ali durante todo o ano e ajuda na promoção de um ambiente saudável dentro da sala de aula. Por um lado, o que acolhe apresenta o colégio, explica o funcionamento das plataformas, integra o novato nos grupos de amigos, do outro, o acolhido se sente valorizado e percebe que é bem-vindo na nossa escola”.
Pesquisa Nacional
Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE), um percentual superior a 40% dos estudantes adolescentes admitiram ao Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE), já ter sofrido com a prática de bullying, de provocação e de intimidação. Ainda, cerca de 38% das escolas brasileiras dizem enfrentar problemas de bullying, segundo dados do 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, levantamento realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Além de um possível isolamento e de queda do rendimento escolar, crianças e adolescentes vítimas desse tipo de violência podem apresentar doenças psicossomáticas e sofrer traumas que influenciam seu desenvolvimento emocional e cognitivo. Em casos extremos, o bullying pode levar o jovem a considerar opções mais drásticas para se distanciar do sofrimento, como a autoagressão.