GDF investe em diversas políticas públicas e estratégias para fortalecer a política de ensino, como a nova diretriz para a educação básica e a oferta descentralizada de vagas na EJA
Todos os anos desde 1957, em 8 de setembro, os olhares do mundo se voltam para a alfabetização. A data foi criada há 56 anos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) com o objetivo de destacar a importância da alfabetização como um instrumento de dignidade e de direitos humanos.
No Dia Mundial da Alfabetização, o Distrito Federal tem motivos para comemorar. A unidade da federação tem a menor taxa de analfabetismo, com apenas 1,9% da população, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Percentual bem abaixo se comparado com outros entes federativos, que têm de 5,6% a 15% de pessoas com 15 anos ou mais sem saber ler e escrever.
Para chegar a essa marca, o Governo do Distrito Federal (GDF) investe numa série de políticas públicas na educação básica e na educação de jovens e adultos (EJA) para atender os cerca de 90 mil alunos matriculados nos três anos iniciais do ensino fundamental nas 376 escolas públicas e aproximadamente 4 mil estudantes nas 95 unidades escolares da EJA que passam pelo processo de alfabetização.
No caso das crianças, a rede pública de ensino utiliza as diretrizes do Bloco Inicial de Alfabetização (BIA), instituído em 2014. A política organiza o ato de ler, escrever e interpretar nos três primeiros anos do ensino fundamental, tendo o 1º ano dedicado às questões relacionadas à alfabetização, o 2º ano com o aprofundamento e 3º ano para a consolidação da habilidade.
Apesar de ter sido fundamental para o avanço da alfabetização no ensino público do DF, o BIA passa por um processo de atualização. Neste ano, a rede iniciou os trabalhos para instituir um novo programa a partir da adesão do DF ao Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, iniciativa do governo federal com investimento de R$ 3 bilhões nos próximos quatro anos para garantir a alfabetização dos estudantes nos anos iniciais do ensino fundamental e a recomposição das aprendizagens daqueles prejudicados na pandemia.
“Entendemos que o BIA foi e ainda é importante. Ele trouxe várias conquistas em questão de alfabetização, mas é uma política que tem 10 anos e percebemos a necessidade de fortalecê-la”, explica a diretora de Ensino Fundamental da Secretaria de Educação, Ana Carolina Tavares.