Especialistas falam sobre a chegada da nova aposta da Meta, que promete bater de frente com o Twitter, mas desafia os limites de saúde mental dos criadores de conteúdo e dos usuários
O Brasil ocupa o segundo lugar do ranking de países que mais passamtempo com telas, segundo o levantamento recente feito pela empresa Electronics Hub. Na prática, os brasileiros já gastam mais da metade das horas acordados nos computadores e celulares. Com a chegada do Threads, nova plataforma lançada pela Meta para competir com o Twitter, o cenário ganha uma nova preocupação: é mais uma mídia social para dar conta!
A rede, que por enquanto é acoplada ao Instagram, está há apenas uma semana disponível para usuários de todo o mundo e ultrapassou o marco de 100 milhões de perfis ativos. A nova empreitada de Mark Zuckerberg, também dono do Facebook e WhatsApp, conquistou o trono de plataforma com crescimento mais rápido da história, mas isso não é à toa.
Para além da facilidade de “reciclar” a conta conectada ao app de fotos e vídeos, a maioria das pessoas não querem perder a novidade do momento. Esse efeito é um dos principais impactos de mais uma mídia social no mundo. “Milhões de usuários entraram de uma vez porque existe um medo de não estar presente”, afirma a psicóloga Vanessa Gebrim.
Até mesmo para os influenciadores digitais não é diferente. Vítor diCastro, ator, apresentador e criador de conteúdo com mais de um milhão de seguidores, confirma o sentimento de cobrança pela presença digital. “Somos sempre muito cobrados a ter perfis em todas as redes e alimentá-las. Não dá para não ter Threads, Twitter, TikTok, é muita coisa. Para mim, é um pouco sufocante”, diz ele.