No dia 14 de novembro é celebrado o Dia Mundial do Diabetes. A data instituída pela Organização Mundial de Saúde (OMS), tem como objetivo chamar a atenção dos cidadãos e governantes para a doença crônica, que atinge cerca de 250 milhões de pessoas no mundo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, no Brasil existem, atualmente, mais de 13 milhões de pessoas que convivem com diabetes.
Seja do tipo 1 ou 2, a diabetes deve ser monitorada por quem é portador da doença. Além do controle da glicemia, o paciente também deve se preocupar com todas as peculiaridades que a envolvem, como fazer mudanças na dieta e praticar atividade física. Mas, além disso, o diabético também precisa cuidar da pele, que é bastante afetada pela doença.
De acordo com o dermatologista, Erasmo Tokarski, pessoas com qualquer um dos dois tipos de diabetes estão mais propensas a sofrer uma série de doenças de pele, que, quando não cuidadas, podem ser graves.
“Quando a diabetes afeta a pele, geralmente é sinal de que a glicemia não está bem controlada. A pele, então, fica seca e mais vulnerável a coceiras, rachaduras e, consequentemente, infecções. Algumas micoses , são mais insidiosas na pele do diabético, precisando muitas vezes controlar a glicose para que a micose involua. Entre as complicações que a diabetes pode gerar no paciente estão a perda de sensibilidade nas extremidades e ainda cicatrização lenta”, afirma o profissional.
O médico explica ainda que todo diabético, naturalmente, possui a pele mais frágil e seca, em decorrência das alterações provocadas pelo excesso de glicose no sistema nervoso autônomo – responsável pelo controle e produção de suor e sebo. Outra má consequência para a pele do diabético é a desidratação. “Como eles tendem a urinar bastante pela necessidade fisiológica de eliminar o excesso de glicose do sangue, acabam levando o corpo a uma imensa perda de água”, pontua.
Prevenção
Para o profissional o melhor caminho para prevenir problemas na pele do diabético é examinar essa parte do corpo diariamente, sobretudo os pés, pela manhã e à noite. O médico ressalta que é importante procurar por micoses, pequenas lesões, feridas. Procure por micoses entre os dedos, pequenas lesões e feridas pelo corpo e, caso encontre algo irregular procurar um profissional habilitado para iniciar o tratamento.
Além da checagem diária, Tokarski também ressalta que manter a pele hidratada é fundamental para evitar rachaduras.
“Beber água é fundamental, mas também é preciso usar hidratantes específicos para a pele. Com o creme o paciente consegue amenizar o aspecto ressecado que a doença provoca”, destaca o dermatologista.
Atualizado em 11/11/2020 – 20:34.