Nova cepa tem alto índice de transmissão. Em Brasília há 202 pontos para testagem gratuita da doença.
De repente, você está com dor de cabeça, febre, ardência nos olhos, sentindo-se cansado e com “suspeita de gripe”. Cuidado! Esses são algumas das manifestações mais comuns da Covid-19.
Com a chegada da subvariante da ômicron BQ.1, que tem alta transmissibilidade, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal e especialistas alertam para a possibilidade de “uma nova onda” de Covid. Além de estar completamente imunizado, é preciso fazer o teste para impedir contaminar outras pessoas.
No Distrito Federal, há 202 pontos para realizar os exames de forma gratuita. São 244 mil testes disponíveis em 174 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), 14 hospitais da rede pública e 13 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
Segundo a Secretaria de Saúde, na rede pública, os testes rápidos de Antígeno (TR-Ag) são realizados em pessoas que apresentem sintomas gripais após avaliação do profissional de saúde responsável pelo atendimento. Se o resultado der positivo para Covid-19, é necessário o isolamento por até sete dias.
Mesmo após o período de isolamento, os médicos orientam que a pessoa volte ao serviço de saúde para uma avaliação.
‘Nova onda’
Segundo especialistas, a imunização completa é o que vai evitar os casos graves da doença com o aparecimento de novas variantes e subvariantes. O infectologista Julival Ribeiro explica que, em todo o mundo, há cerca de 300 subvariantes da ômicron em circulação.
“A pandemia não acabou e o vírus continua circulando no mundo inteiro“, diz o médico. Ele explica que quando mais tempo o vírus circula, maior a probabilidade de ocorrer mutações. “Algumas não chegam a alterar a propagação, mas outras variantes e subvariantes podem e levar à morte”, alerta.
“O problema é que a BQ.1 tem mais potencial de transmissibilidade e está invadindo muito mais o sistema de defesa. Ela está realmente levando a muitos casos de reinfecção. A vacina é a maior estratégia para diminuir casos graves, hospitalizações e mortes”, reforça o infectologista.
No Amazonas, a Rede Genômica Fiocruz identificou o surgimento da BE.9, uma nova variante do coronavírus no estado do Amazonas. Segundo os pesquisadores, trata-se de uma evolução da sublinhagem BA.5.3.1, uma ômicron da linhagem BA.5. A subvariante compartilha algumas das mutações encontradas na última variante notável, a BQ.1.
No Amazonas, o número de casos de Covid saltou em outubro. A média móvel semanal de casos passou de 230 para cerca de 1 mil.
No DF, a Secretaria de Saúde reforça a importância de as pessoas que ainda não completaram o ciclo de vacinação procurarem os postos para evitar o desenvolvimento de novas variantes e, portanto, “uma nova onda de casos”.
“A pandemia ainda não acabou e mesmo com flexibilizações, a população deve manter as medidas sanitárias, como evitar aglomerações, usar máscara em locais fechados e manter a higiene frequente das mãos”, diz a Secretaria de Saúde do DF.
Onde se vacinar no DF
Vacinação contra Covid-19 no DF — Foto: Breno Esaki/Agência Saúde DF
O DF tem 95 pontos de vacinação contra o coronavírus que funcionam em dias úteis. Apesar disso, apenas 54% das pessoas aplicaram a 1ª dose de reforço.
A Secretaria de Saúde afirma que tem mais de 33 mil doses de imunizantes contra a Covid-19 nos estoques.
Na última segunda-feira (14), chegaram 14.400 doses da Pfizer Baby e a pasta iniciou a imunização de crianças de 6 meses a 2 anos, 11 meses e 29 dias com comorbidades. A condição precisa ser comprovada por meio de laudo ou relatório médico
O público dessa faixa etária, sem comorbidades, também pode ser imunizado após as 16h com as doses remanescentes para evitar o desperdício do imunizante.