Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte. Suspeitos faziam movimentações financeiras, emitiam ‘notas frias’ e não recolhiam tributos.
A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, nesta terça-feira (18), uma operação que investiga um grupo suspeito de abrir empresas fantasmas e sonegar R$ 40 milhões em impostos. Os agentes cumpriram cinco mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte (MG).
Minas Gerais é uma das unidades da federação onde o grupo suspeito atuava, segundo a polícia. De acordo com a investigação, os suspeitos criaram empresas em Brasília, no Espírito Santo e na Bahia. O grupo fazia movimentações financeiras, emitia “notas frias” e e não recolhia tributos
Os investigadores não divulgaram o nome dos suspeitos e nem das “empresas fantasma”. A operação teve apoio do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e da Polícia Civil de Minas Gerais.
A suspeita da polícia é de que os suspeitos abriam empresas com pessoas fictícias e deixavam de recolher os impostos. Assim, restava uma “grande dívida tributária” que não poderia ser cobrada, já que a fiscalização apontava para pessoas inexistentes.
A investigação começou em 2018, após a Subsecretaria da Receita do Distrito Federal autuar uma empresa pelo não recolhimento de impostos. No entanto, os agentes descobriram que a empresa era “fantasma”.
Buscas em Belo Horizonte
As buscas ocorreram nas casas dos investigados, nas empresas e nos escritórios do grupo, em Belo Horizonte. Os policiais informaram que apreenderam documentos, cerca de R$ 60 mil em espécie e “considerável quantia em moeda estrangeira”.
A Justiça também decretou o sequestro de bens dos investigados. Entre os itens, estão uma fazenda e uma casa em Minas Gerais, veículos, contas bancárias e instituições financeiras.
“As medidas visam à consolidação e ao robustecimento dos elementos probatórios já coligidos, com o fim de sedimentar a efetiva participação de cada integrante do grupo criminoso, além de apreensão de bens e valores para o ressarcimento dos cofres públicos”, informou a polícia.
Os suspeitos são investigados pelos crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, uso de documento falso e falsidade ideológica. Somadas, as penas podem chegar aos 23 anos de prisão.