Alexandre Nero, 52, contou que usou drogas “lícitas e ilícitas” até o nascimento dos dois filhos, Noá, 6, e Inã, 3. Porém, desde que virou pai ele diz que vem tentando “ser uma pessoa melhor”.
“Parei com todas as drogas lícitas ou ilícitas, faço exercício, cuido da alimentação, passei a fazer análise seriamente”, revelou em entrevista ao jornal O Globo. “Era um cara muito explosivo, não tinha paciência com criança, comecei a ler sobre pedagogia.”
“A estabilidade profissional e financeira é o lado bom”, avaliou. “A parte física é a pior. Comecei a malhar para segurar meu filho no colo, agachar para brincar no chão. Eu não conseguia. Futebol no campo inteiro? Não! Meio campo só (risos).”
Ainda sobre a paternidade, o ator contou que teve um bloqueio emocional por ter perdido os pais muito cedo. “Eu não queria me envolver, né? Filho é um laço eterno e isso tem a ver com a certeza da morte, que eu tive muito cedo”, contou. “Sempre pensei que ia morrer a qualquer momento ou que as pessoas que eu amava iam morrer.Trato isso na análise.”
Na entrevista, Nero também falou sobre o lançamento da música “A Partícula”, na sexta-feira (18), que homenageia Noá e Inã. Trata-se do segundo single do álbum “Quarto, Suítes, Alguns Cômodos e Outros Nem Tanto”, com previsão de ser lançado em abril.
O ator também falou sobre o rótulo de galã. “Hoje me acho mais bonito”, confessou. “Tive uma adolescência muito feia. Evito postar fotos antigas porque é inevitável as pessoas falarem: ‘Nossa, mas está muito melhor hoje’. Acho isso cruel e grosseiro. Não se sabe como a pessoa lida com aquilo. Eu era muito gordo. Sou um ex-gordo que, se bobear, engorda muito.”