Empresário é considerado foragido desde que deixou o País após ser acusado de agressão
As acusações contra Thiago Brennand só aumentam. O empresário, foragido da Justiça desde que sua prisão preventiva foi decretada por agredir uma atriz em uma academia de luxo em São Paulo em agosto, também foi mencionado no processo por tentativas de intimidação a uma promotora de Justiça.
Segundo reportagem do Fantástico, Brennand enviou e-mais para uma promotora que arquivou um processo que o empresário moveu contra um homem e mulher por calúnia e difamação. Nas mensagens, Brennand questionou a atuação da profissional. “Foi o maior absurdo jurídico que já presenciei”, escreveu.
“Será que todos os amigos que consultei, e que militam na seara do direito penal, estão errados? Advogados, policiais, magistrados, membros de ministérios públicos, etc.? Só vossa excelência tem razão? Me parece que o clima já defenestrou as fronteiras do profissional, sendo razoável que outro promotor possa avaliar o caso”, sugeriu ainda.
O conteúdo dos e-mais, ao qual a reportagem teve acesso, foi anexado no pedido de prisão preventiva. Como o empresário deixou o País, e atualmente está em Dubai, nos Emirados Árabes, a Justiça pediu que seu nome fosse incluído na lista de procurados da polícia internacional, a Interpol.
Outros casos
Além do caso de agressão em uma academia de luxo, outras 15 mulheres registraram acusações contra Brennand.
Em um dos casos, uma mulher que preferiu não se identificar relatou ter sido vítima de estupro, cárcere privado além de ter sido obrigada a ser filmada em atos sexuais forçados e fazer uma tatuagem com o nome do empresário.
A vítima lamentou o que ocorreu com a atriz na academia de luxo, mas disse que, se não fosse por isso, o que aconteceu com ela ficaria esquecido. “Eu sinto muito pelo que aconteceu com ela. Mas se não fosse isso, ninguém ia ter prova visível de que ele é violento, de que ele é um monstro. Então, graças a ela, eu pude falar: ‘Aconteceu comigo, vão acreditar em mim’, relatou.
Entre outras denúncias, também há relatos de agressão de um funcionário de um hotel de luxo, de um técnico de enfermagem atacado dentro de um hospital e até do medalhista olímpico Doda Miranda, que pediu proteção da Justiça após ameaças.
Em nota, a defesa de Thiago disse que seu cliente “jamais forçou suas parceiras a terem relações sem o uso de preservativo, respeitando estritamente os limites estabelecidos por elas e agindo sempre com seu consentimento”.