Ex-moradores, moradores, estudantes e responsáveis pela gestão do espaço se reúnem em debate no campus Darcy Ribeiro, nesta segunda-feira (25).
A Casa do Estudante Universitário (CEU) da Universidade de Brasília (UnB) – alojamento que abriga alunos vindos de vários lugares do país e do mundo – comemora 50 anos em 2022. Para celebrar a data, a instituição promove, nesta segunda-feira (25), um evento com ex-moradores, moradores e responsáveis pela gestão do espaço, para debater histórias de vida e perspectivas futuras da CEU.
O evento é aberto, gratuito, e conta com a presença de diversos ex-moradores da CEU, como os poetas Luiz Martins da Silva e Cristiane Sobral, o físico Antonio Carlos Pedroza, o arquiteto Adalberto Vilela, o comunicador Pedro Henrique Santos, o jornalista Lunde Braghini, a arte-educadora Thelma Mello, o escritor Gustavo Dourado e os professores Ileno Costa, Djiby Mane, Nivaldo Rezende e Israel Ferreira dos Santos.
Comunicador formado pela UnB e convidado do evento, Pedro Henrique Santos morou na CEU entre 2014 e 2016, logo após a reforma realizada em todos os andares e apartamentos. Ele dividiu o espaço com três estudantes de outros cursos.
“Foi uma experiência extremamente gratificante para minha formação, ter esse suporte e estar morando dentro da universidade. Você acaba vivenciando de uma outra forma, de uma forma mais intensa”, diz.
Já Alfredo Bello, formado em música em 1998, morava em Ceilândia, mas como era “muito longe” ir e voltar da UnB todos os dias, pleiteou e conseguiu uma vaga na Casa do Estudante, onde morou por cerca de cinco anos.
“Conseguir a vaga foi extremamente importante, porque além de facilitar o estudo, a gente tem outra vivência morando dentro da universidade, você tem outra relação com o espaço, com as pessoas. Foi muito importante para mim esse tempo que eu fiquei na casa. Fico feliz que [a CEU] esteja comemorando esse tempo, que exista esse espaço, e que ele possa auxiliar pessoas a realizar a formação universitária”, afirma.
Casa do Estudante
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A CEU foi inaugurada em 1972, 10 anos depois da criação da UnB. A Casa é composta por dois blocos habitacionais no Centro Olímpico e tem disponíveis, ao todo, 360 vagas, em 90 apartamentos. O plano original da universidade era entregar oito blocos de moradia, mas o projeto ainda não foi para frente.
Em 2010, o espaço foi desocupado para passar por uma reforma, entregue em 2014. Agora, todos os apartamentos possuem geladeiras, camas, micro-ondas, fogões, bancadas planejadas para estudos, armários, guarda-roupas e filtros de água.
Cada prédio tem, no primeiro piso, uma área de estudos, cozinha, área de serviços e dois banheiros, com instalações e equipamentos fornecidos pela própria universidade, sem custos para os estudantes. No piso superior, ficam os quartos.
Em 2018, foi inaugurada a sala de convivência no espaço. O local conta com mesas de jogos, televisão e um fogão. Ainda pertencem à CEU espaços de estudo, academia, bicicletário, laboratórios de informática e horta compartilhada.
Os estudantes interessados em concorrer a uma vaga na casa deve ter uma renda familiar per capita de um salário mínimo e meio, além de não terem residência no Distrito Federal.
