Karol Rosalin, de 25 anos, aposta no marketing provocativo e chama atenção da imprensa internacional com rotina de autocuidado e vendas nada convencionais
No universo da influência digital, onde o corpo é vitrine e o estilo de vida vira produto, limites são frequentemente testados. A influenciadora fitness Karol Rosalin, de 25 anos, levou esse conceito ao extremo — e viralizou nas redes sociais e na imprensa internacional ao anunciar a venda de frascos contendo seu próprio suor, coletado após sessões intensas de treino.
A prática, tão inusitada quanto estratégica, gerou reações diversas. Enquanto alguns seguidores celebram a ousadia empreendedora da criadora de conteúdo, outros questionam os limites entre autenticidade e espetáculo. “Se existe demanda, por que não transformar em negócio?”, comentou um usuário. Já outro disparou: “Isso diz muito mais sobre quem compra do que sobre quem vende.”

Estética, suor e mercado
Karol Rosalin compartilha diariamente sua rotina de alimentação, treinos e autocuidado — que, segundo ela, custa cerca de R$ 6 mil mensais. A cifra cobre desde suplementação premium até tratamentos estéticos e refeições pensadas para performance e estética corporal.
Ao anunciar a venda do suor, Karol não apenas transformou um resíduo fisiológico em fetiche digital, mas também reacendeu debates sobre comportamento de consumo na era da hipervisibilidade.
“É bizarro e genial ao mesmo tempo. Estamos falando de uma era em que tudo pode ser monetizado — inclusive a percepção de esforço físico e disciplina”, comenta uma pesquisadora de comportamento digital.
Estratégia ou performance?
A venda de itens pessoais por influenciadores não é exatamente nova. Já vimos meias usadas, fios de cabelo e até ar de celebridades vendidos em frascos. O caso de Karol, no entanto, escancara a forma como a lógica da “proximidade extrema” pode se converter em produto vendável para nichos específicos da internet, onde culto ao corpo, fetiche e curiosidade se misturam.
O frasco de suor, nesse contexto, não é apenas suor. É símbolo, é performance, é narrativa — de disciplina, de desejo, de devoção fitness.

Entre a viralização e a crítica
A repercussão do caso não ficou restrita ao Brasil. Sites internacionais especializados em cultura pop e comportamento já mencionaram a influenciadora como exemplo do “limiar fluido entre corpo e marca pessoal”. Ao mesmo tempo, psicólogos alertam para o risco de banalização dos limites físicos e emocionais em nome da audiência.
Karol, por sua vez, não se abala. Nas redes, segue firme em sua estratégia de conteúdo: vídeos pós-treino, detalhes da alimentação regrada e, agora, imagens dos frascos cuidadosamente embalados — suor líquido e lucro simbólico.
