Dispositivos não atraem mais mosquitos para as residências. Visitas de agentes da Secretaria de Saúde são fundamentais para impedir novos surtos de dengue no DF
A Secretaria de Saúde (SES-DF) tem adotado diversas estratégias para combater a dengue no Distrito Federal. Entre elas estão as armadilhas para o Aedes aegypti, como as Estações Disseminadoras de Larvicida (EDLs) e as ovitrampas. Contudo, para que os dispositivos realmente sejam efetivos contra o mosquito, é preciso ficar atento às fake news e se informar por meio de fontes oficiais.
As armadilhas instaladas pelos agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas) nas residências são ferramentas essenciais para o monitoramento dos mosquitos e controle da dengue na capital federal. “Elas permitem produzir mapas de infestação do Aedes aegypti e assim direcionar os agentes às ações de prevenção e controle, contribuindo para a proteção da população e menor ocorrência de casos”, aponta o biólogo Israel Martins, responsável pela implementação dos dispositivos na rede da SES-DF.
O especialista ressalta que os dispositivos não atraem um maior número de mosquitos para dentro das casas, uma vez que o alcance é limitado ao ambiente domiciliar. O subsecretário de Vigilância à Saúde (SVS), Fabiano dos Anjos, reitera e acrescenta que o papel das armadilhas é justamente o contrário: “Elas não aumentam a infestação, mas ajudam a identificar a presença do Aedes aegypti e permitem ações rápidas para interromper sua reprodução”.
Como funcionam
Cada EDL é composta por um pote plástico com água no fundo e um tecido preto impregnado com larvicida em pó, chamado pyriproxyfen. Quando o mosquito transmissor da dengue ingressa na armadilha para depositar seus ovos, ele entra em contato com o produto e, ao voar para outros criadouros, acaba dispersando o larvicida e impedindo que as larvas se desenvolvam.
Já as ovitrampas são constituídas por um pote preto com água e levedo de cerveja, além de um pequeno pedaço de placa de fibra de madeira. Os mosquitos colocam seus ovos nessa placa – chamada de paleta – e na parede do recipiente. Embora as armadilhas pareçam um criadouro de mosquitos, elas são seguras, pois recebem inseticida para impedir o desenvolvimento de larvas. O produto não representa riscos a humanos ou animais de estimação.