Novo estudo mostrou que a qualidade do sono impacta mais na saúde do coração do que a prática regular de exercício físico
Um estudo da Universidade de Saúde Pública de Columbia, nos Estados Unidos, comprovou que uma boa noite de sono é essencial para manter o coração saudável. A American Heart Association, aliás, adicionou a duração do sono à sua lista de verificação de saúde cardiovascular, chamada de “Life’s Essential 8” (Os oito essenciais da vida, em tradução livre).
São eles: parar de fumar, comer melhor, se manter ativo, controlar o peso, controlar a pressão arterial, controlar o colesterol, reduzir o açúcar no sangue e, agora, ter um sono saudável.
O estudo
Os pesquisadores analisaram o sono de dois mil adultos de 50 anos ou mais. Os participantes responderam uma pesquisa detalhada e, além disso, usaram um dispositivo por sete dias com o objetivo de medir a qualidade do sono.
Os resultados mostraram que os maus hábitos noturnos fazem parte do sono de todos os americanos. Cerca de 65% dos participantes dormiam menos de sete horas por noite e 30% dormiam menos de seis horas. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano (CDC), a duração ideal do sono para um adulto é entre sete e nove horas por noite.
A pesquisa apontou ainda que as pessoas que dormiam menos de sete horas por noite tinham maior chance de ter uma “baixa eficiência do sono”. Além de padrões irregulares, como sonolência diurna excessiva e apneia do sono. Aliás, quase 50% dos participantes apresentaram apneia do sono de moderada a grave.
Mais de um terço relatou sintomas de insônia e 14% relataram sonolência diurna excessiva. Esse último grupo teve maior prevalência de fatores de risco para doenças cardiovasculares, como obesidade, diabetes tipo 2 e pressão alta.
Riscos além da saúde do coração
Nour Makarem, autor do estudo e professor na Universidade de Columbia, afirmou que o sono ruim também está ligado a outros comportamentos ruins de saúde. Em poucas palavras, o sono está relacionado a fatores de risco clínicos ou psicológicos, e também ao estilo de vida para doenças cardíacas. Portanto, não é surpresa que dormir mal aumente o risco futuro de doenças do coração, apontou o pesquisador.