PF faz operação no DF contra suspeitos de tirar ConecteSUS do ar

Agentes cumprem oito mandados de busca e apreensão, em quatro estados; ordens são da Justiça Federal no DF. Segundo corporação, ataques foram cometidos por ‘uma organização criminosa transnacional dedicada à prática de crimes dessa natureza’.

A Polícia Federal começou a cumprir, nesta terça-feira (16), oito mandados de busca e apreensão contra um grupo criminoso suspeito de invadir sistemas do Ministério da Saúde e de outros órgãos do governo federal.

Segundo a corporação, eles foram responsáveis pelo ataque que, em dezembro do ano passado, comprometeu o site Conecte SUS, responsável pelo Certificado Nacional de Vacinação (veja detalhes abaixo).

Os mandados estão sendo cumpridos nos estados da Paraíba, de Minas Gerais, do Paraná e de Santa Catarina. Segundo a PF, os envolvidos integram uma “organização criminosa transnacional dedicada à prática de crimes dessa natureza, visando entidades públicas e privados no Brasil, Estados Unidos, Portugal e Colômbia”.



De acordo com as investigações, um ambiente em nuvem do Ministério da Sáude foi atacada e arquivos, dados e instâncias da pasta foram deletados. A ação acabou, então, comprometendo o ConecteSUS.

A Polícia Federal afirma que o grupo também acessou indevidamente o ambiente virtual dos seguintes órgãos:

  • Controladoria-Geral da União (CGU);
  • Ministério da Economia;
  • Instituto Federal do Paraná (IFPR);
  • Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA);
  • Escola Nacional de Administração Pública (Enap);
  • Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT);
  • Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro;
  • Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL);
  • Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal;
  • Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A PF apura os crimes de organização criminosa, invasão de dispositivo informático, interrupção ou perturbação de serviços telegráficos, radiotelegráfico ou telefônico, impedir ou dificultar-lhe o restabelecimento, corrução de menores, e lavagem de capitais.