Ministro do STF atendeu pedido da PGR, que não encontrou elementos para seguir com o inquérito
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta quarta-feira (5), o arquivamento da investigação contra o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), por suposta omissão nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
A decisão atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que não encontrou provas suficientes para dar continuidade à apuração. Segundo Moraes, o arquivamento é definitivo, salvo no surgimento de novas evidências.
PGR não encontrou indícios contra Ibaneis Rocha
A PGR analisou dados de computadores e celulares do governador, além de depoimentos de testemunhas, mas não encontrou indícios que comprovassem a omissão de Ibaneis Rocha nos ataques às sedes dos Três Poderes.
De acordo com o procurador-geral da República, Paulo Gonet, foram esgotadas todas as diligências possíveis sem que se reunissem elementos para justificar o prosseguimento da denúncia.
“Os fatos relatados não revelam justa causa hábil a autorizar o prosseguimento da persecução penal contra Ibaneis Rocha Barros Júnior”, destacou Gonet.
Outros investigados seguem no processo
Na decisão, Moraes ressaltou que a PGR denunciou outros envolvidos, como o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF, Anderson Torres, que segue como réu no inquérito sobre os ataques de 8 de janeiro.
Após os atos, Ibaneis Rocha chegou a ser afastado do governo do Distrito Federal por dois meses, por determinação do próprio STF. No entanto, a falta de provas levou ao arquivamento da investigação.
PGR destaca colaboração do governador
A Procuradoria-Geral da República também enfatizou que Ibaneis Rocha:
- Compareceu voluntariamente à sede da Polícia Federal para prestar esclarecimentos;
- Entregou dois celulares para análise pericial;
- Tinha registros de 36 ligações com autoridades no período dos ataques;
- Possuía cópias de documentos repudiando os atos golpistas e solicitando reforço da Força Nacional.
Com o arquivamento do caso, o governador do DF se vê livre da investigação, enquanto outros envolvidos seguem respondendo no STF.