Durante palestra na capital, médium alertou sobre espíritos que não aceitam a morte e reforçou simpatia inusitada: “Não durma com louça suja, ou os encostos vêm”.
Brasília está cheia de encostos. A afirmação — direta e carregada de misticismo — partiu da clarividente e astróloga Márcia Sensitiva, durante uma palestra lotada no teatro da UNIP, na capital federal, na última semana.
Na apresentação da turnê “Acorda para Vida”, Márcia não poupou palavras para descrever a presença espiritual densaque sentiu em Brasília:
“Fui a um lugar que não vou dizer onde… mas era de arrepiar.”
Espíritos que não aceitam a morte
Segundo a médium, o encosto é um espírito que “não aceitou que morreu” — e, por isso, permanece vagando, se apegando a pessoas e lugares. Ela garante:
“A maioria das pessoas não aceita a própria morte.”
Louça suja atrai encosto
Um dos momentos mais comentados da noite veio quando Márcia deu um conselho de peso à plateia:
“Ninguém deve dormir com louça suja na pia. Quem faz isso, acorda com encosto em casa.”
A recomendação provocou risos, espanto e, segundo relatos, muitos ficaram refletindo sobre a pia de casa.
Crítica aos servidores públicos
Márcia também causou burburinho ao dizer que funcionário público não se preocupa com desemprego, ao contrário de quem trabalha na iniciativa privada.
Num auditório em que boa parte da plateia era formada por servidores — característica comum em Brasília —, a fala não foi bem recebida.
Fantasmas no Planalto: uma tradição política?
Histórias de presenças espirituais em Brasília não são novidade. Ex-presidentes como Michel Temer e Itamar Francojá relataram experiências místicas com o Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República.
Michel Temer, por exemplo, afirmou sentir “uma coisa estranha” no Alvorada. Disse que não conseguia dormir lá e optou por voltar a morar no Palácio do Jaburu:
“Deve ter fantasma lá”, disse Temer em conversa gravada com o empresário Joesley Batista.
Itamar Franco, que assumiu após o impeachment de Collor, também hesitou em se mudar para o Alvorada. Só o fez seis meses depois da posse, após ouvir de Sarah Kubitschek, viúva de Juscelino, que a casa era espiritualmente segura.
Brasília, cidade do poder e da política, também parece carregar um enredo invisível.
Márcia apenas colocou luz — ou incenso — sobre ele.