Empresário e líder esportivo, Eliasch aposta em sua experiência ambientalista e visão tecnológica para comandar o Comitê Olímpico Internacional.
Johan Eliasch admite que até para ele mesmo sua candidatura à presidência do Comitê Olímpico Internacional (COI) é uma surpresa. No entanto, em entrevista à AFP, ele se declara a pessoa ideal para encarar os desafios do olimpismo, especialmente aqueles ligados ao meio ambiente.
Nascido na Suécia, mas com nacionalidade britânica, Eliasch, de 62 anos, é presidente da Federação Internacional de Esqui (FIS) desde 2021 e empresário renomado por seu ativismo ambiental. Esse fator ganha ainda mais relevância diante da crise climática e da onda de incêndios em Los Angeles, sede dos Jogos Olímpicos de 2028.
Apesar de ter ingressado na família olímpica apenas em julho do ano passado, Eliasch aposta que seu currículo impressionará os membros do COI, que em março elegerão o novo presidente entre sete candidatos.
Sem o carisma de Sebastian Coe ou a experiência de Juan Antonio Samaranch, Eliasch defende ter as qualidades necessárias para comandar o maior órgão esportivo do mundo.
Um momento decisivo para o COI
“Assessorei governos em políticas ambientais e no combate às mudanças climáticas”, afirmou Eliasch à AFP.
Ele também destaca sua trajetória empresarial, tendo liderado a multinacional austríaca de equipamentos esportivos Head até 2021, quando deixou o cargo para assumir a presidência da FIS, a maior federação de esportes de inverno, responsável por 55% dos eventos dos Jogos de Inverno.
“Se o que procuram é alguém com vasta experiência e conhecimento, eu sou essa pessoa”, afirma com confiança.
Para Eliasch, esta eleição ocorre em um momento decisivo para o COI. Nos próximos anos, a entidade enfrentará desafios cruciais, como o avanço da tecnologia, o impacto da Inteligência Artificial no esporte e a polêmica sobre a definição de gênero nas competições femininas, um tema amplamente debatido no boxe durante os Jogos de Paris.
Com uma proposta voltada para inovação e sustentabilidade, Eliasch busca convencer os eleitores de que sua visão pode modernizar e fortalecer o movimento olímpico globalmente.