Ibaneis indica Celso Eloi para assumir presidência do BRB após afastamento de Paulo Henrique Costa

Servidor de carreira da Caixa Econômica Federal será sabatinado pela CLDF antes de assumir o comando do banco brasiliense

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), anunciou que vai indicar Celso Eloi de Souza Cavalhero para a presidência do Banco de Brasília (BRB). A escolha ocorre após decisão judicial que determinou o afastamento, por 60 dias, do atual presidente, Paulo Henrique Costa, e do diretor financeiro, Dario Oswaldo Garcia Júnior.

Em nota, Ibaneis afirmou que a indicação busca garantir a continuidade das operações do banco e responder às exigências dos órgãos de controle.

“Diante da deliberação judicial de afastamento do presidente do BRB, e em decorrência da necessidade da manutenção da normalidade dos serviços, e do desencadeamento de apurações internas e da prestação dos devidos esclarecimentos às autoridades monetárias e fiscalizatórias, entendi por bem indicar o nome do servidor de carreira da Caixa Econômica Federal Celso Eloi”, declarou o governador.

Celso Eloi – novo presidente do BRB

Trajetória de Celso Eloi

Servidor da Caixa Econômica Federal desde 1990, Celso Eloi ocupa atualmente o cargo de superintendente da Caixa em Brasília.

Ele é formado em Ciências Contábeis pela Associação de Ensino Superior do Distrito Federal e bacharel em Direito pelo UniCeub. Entre 1987 e 1990, atuou como gerente no Banco Meridional do Brasil. Após ingressar na Caixa, iniciou a carreira como gerente de relacionamento e, em 2020, assumiu o posto de superintendente executivo de Governo, função que exerce até hoje.

Para tomar posse na presidência do BRB, o indicado ainda precisa ser sabatinado e aprovado pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), conforme determina a Lei Orgânica do DF.

Operação Compliance Zero

O afastamento da atual cúpula do BRB ocorre no contexto da Operação Compliance Zero, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (18/11). A ação investiga um esquema de emissão e negociação de títulos de crédito falsos envolvendo o Banco Master.

Na operação, a PF cumpriu mandados de busca, apreensão e prisão preventiva, que resultaram na detenção do dono do Master, Daniel Vorcaro, do ex-sócio Augusto Lima e do tesoureiro Alberto Félix.

O BRB mantém negócios com o Banco Master e chegou a anunciar, em março de 2025, a aquisição da instituição, operação que foi posteriormente barrada pelo Banco Central. A deflagração da operação policial ocorreu um dia após o Master anunciar a venda para a Fictor e investidores internacionais.

Enquanto prosseguem as investigações e trâmites políticos para aprovação do novo presidente, o BRB afirma manter suas operações em normalidade, sob acompanhamento das autoridades monetárias e fiscalizatórias.

Com informações do Metrópoles