A apresentadora Rafa Kalimann, 32 anos, grávida de sua primeira filha, revelou em entrevistas que, apesar de viver um momento mágico em sua vida, também vive um desafio constante: controlar a depressão, ansiedade e síndrome do pânico, durante a gestação.
Um período que exige equilíbrio emocional da mulher, que vive as dores e delícias das descobertas da maternidade. São muitas emoções, medos, dúvidas e inseguranças associadas a alegria e expectativa do gestar.
Fato é que, a saúde mental materna tem sido uma temática muito importante e também muito discutida em pesquisas de estudos científicos nos últimos anos, devido à elevada prevalência de depressão, estresse e ansiedade entre outros transtornos em mulheres em idade fértil e suas consequências prejudiciais na relação mãe – bebê.
Estudos mostram que, essas alterações estão muito relacionadas aos hormônios, aspectos físicos e psicológicos. Fatores que vão impactar muito na autoestima, no relacionamento e na própria libido dessa gestante. Claro que, as causas ou sintomas da depressão gestacional, vão variar de mulher para mulher, afinal cada uma irá reagir às situações de uma forma particular.
No entanto, as principais causas são: Falta de suporte emocional, familiar e social; Eventos de vida negativos durante a gravidez ou próximos ao parto; Problemas pessoais, emocionais da mãe com relação à maternidade; Dificuldades pessoais, emocionais, financeiras, médicas da mulher ou do casal; Gravidez não planejada ou não desejada; Dificuldades conjugais; Depressões anteriores; Outras doenças psiquiátricas durante a gravidez; Existência de Depressão em pessoas da família; Problemas da Tireoide ou alterações hormonais.
Os sinais e sintomas são diversos, como: Desconexão com o bebê e as pessoas ao redor; Sono perturbado; Pensamento confuso e desorganizado; Vontade extrema de prejudicar e fazer mal ao bebê, enquanto está na barriga; Transtorno de humor; Irritabilidade, tensão e inadequação; Perda de interesse em atividades que antes eram prazerosas; Falta de energia; Ansiedade constante; Culpa; Melancolia intensa e desmedida; Desmotivação profunda da vida; Distanciamento de familiares e amigos antes próximos; Mudanças nos hábitos alimentares (comer muito ou pouco); Dificuldades de concentração; Choro constante e humor instável; Pensamentos negativos, delirantes e irreais e ideação suicida.
O tratamento é muito importante e dependendo da intensidade deve-se além de fazer terapia, procurar um psiquiatra perinatal, profissional capaz de realizar o diagnóstico correto, avaliando a gravidade do caso e seus riscos, além de traçar um plano terapêutico junto com a paciente envolvendo ou não a introdução de medicamento que não afete o bebê.
É importante, ainda, que a mãe possa ter, na medida do possível, momentos de individualidade e introspecção, usando esse tempo para dormir e descansar ou dar uma volta, ler um livro, meditar, fazer yoga ou técnicas de relaxamento. O objetivo é investir em atividades que lhe proporcionem prazer!
Enfim, Rafa é uma mais uma gestante que se soma a milhares que passam pelo mesmo problema. Infelizmente a depressão gestacional é real e está cada vez mais sendo identificada nos dias atuais. É necessário expressar e não ter medo de falar o que está sentindo. Verbalizar para encontrar ajuda dentro da rede de apoio, pois se não tratada, a depressão ou ansiedade gestacional, pode se tornar um distúrbio depressivo crônico.