Do total, 12 parlamentares foram reeleitos. Distritais que conseguiram vagas são de 13 partidos diferentes, seis a menos que em 2018.
O Distrito Federal elegeu, neste domingo (2), os 24 deputados distritais que vão ocupar a Câmara Legislativa (CLDF) entre 2023 e 2026. A renovação na Casa foi de 50%, já que metade dos parlamentares se reelegeram. No último pleito, 71% dos eleitos eram novatos.
Dos parlamentares que ocupam o cargo atualmente, 18 tentaram a reeleição, mas seis não conseguiram manter a cadeira. Dos 12 novatos na legislatura, dois já ocuparam o cargo antes: Ricardo Vale (PT) e Wellington Luiz (MDB).
Foram eleitos deputados de 13 partidos diferentes: quatro pelo PL, três pelo PT, três pelo MDB, dois pelo PSD, dois do PSOL, dois do Agir, dois do PP. Avante, Republicanos, União Brasil, PMN, PSB e Cidadania têm um representante cada. Em 2018, 19 siglas eram representadas.
Reeleito pelo MDB, Ibaneis Rocha já tem a maioria dos deputados distritais como aliados. Sua coligação na campanha de reeleição conseguiu eleger 12 parlamentares para a próxima legislatura.
O deputado distrital Fábio Félix (PSOL) conquistou a reeleição na Câmara como o parlamentar mais votado na história de Brasília, com 51.792 votos. Em 2018, ele recebeu 10.955 votos. O parlamentar, que se declara orgulhosamente gay e “fora do armário”, defende pautas da esquerda e de direitos humanos.
Perfis
A bancada feminina da Câmara Legislativa é formada por quatro deputadas: Dayse Amarilio (PSB), Jaqueline Silva (Agir), Doutora Jane (Agir) e Paula Belmonte (Cidadania). Na legislatura atual, são três.
Nesta campanha eleitoral, 35% do total de candidatos ao cargo eram mulheres. No entanto, elas conquistaram apenas 16% das vagas — o índice não representa nem um terço do total de cadeiras.
A maior bancada feminina da história da Câmara Legislativa foi em 2003, quando cinco mulheres foram eleitas para o cargo.
Divisão de deputados eleitos para a Câmara Legislativa do DF, em 2022, em relação à questão racial — Foto: TV Globo/Reprodução
Em relação à questão racial, oito pardos e três negros foram eleitos parlamentares, o que representa 46% do total de vagas. Em 2018, eram 37,4%. Apesar do avanço, mais de 54% dos candidatos a distrital se declararam negros ou pardos, durante a campanha.
Veja quem são os 24 deputados distritais eleitos:
- Fábio Félix (PSOL): 51.792 votos – reeleito
- Chico Vigilante (PT): 43.854 votos – reeleito
- Max Maciel (Psol): 35.758 votos
- Daniel Donizet (PL): 33.573 votos – reeleito
- Martins Machado (Republicanos): 31.993 votos – reeleito
- Robério Negreiros (PSD): 31.341 votos – reeleito
- Jorge Vianna (PSD): 30.640 votos – reeleito
- Jaqueline Silva (Agir): 26.452 votos – reeleito
- Thiago Manzoni (PL): 25.554 votos
- Eduardo Pedrosa (União Brasil): 22.489 votos – reeleito
- Joaquim Roriz Neto (PL): 21.057 votos
- Iolando (MDB): 20.757 votos – reeleito
- Pastor Daniel de Castro (PP): 20.402 votos
- Hermeto ( MDB): 20.332 votos – reeleito
- Roosevelt Vilela (PL): 20.223 votos – reeleito
- Doutora Jane (Agir): 19.006 votos
- Rogério Morro da Cruz (PMN): 18.207 votos
- Gabriel Magno (PT): 18.063 votos
- João Cardoso Professor-Auditor (Avante): 17.579 votos – reeleito
- Paula Belmonte (Cidadania): 17.208 votos
- Ricardo Vale (PT): 17.077 votos
- Wellington Luiz (MDB): 16.227 votos
- Pepa (PP): 15.393 votos
- Dayse Amarilio (PSB): 11.012 votos
Veja quem tentou se reeleger, mas não conseguiu:
- Delmasso (Republicanos)
- Cláudio Abrantes (PSD)
- Reginaldo Sardinha (PL)
- Agaciel Maia (PL)
- Delegado Fernando Fernandes (Pros)
- Valdelino Barcelos (PP)
Por causa do quociente eleitoral, três candidatos à reeleição ficaram de fora, apesar de terem mais votos que alguns dos eleitos. São eles Delmasso, Cláudio Abrantes e Reginaldo Sardinha. Cada um dos três teve mais de 20 mil votos.
O quociente eleitoral é o resultado da divisão do total de votos válidos pelo total de vagas na Câmara Legislativa. Em seguida, o número total de votos de cada agremiação é dividido pelo quociente eleitoral. A partir desse último cálculo, a Justiça Eleitoral define a distribuição de vagas por partido.