Líder de 31 anos era fundador do Turning Point USA, aliado de Donald Trump e figura polêmica no debate político americano
O conservador Charlie Kirk, de 31 anos, morreu após ser baleado durante um evento universitário em Utah nesta quarta-feira (10). Conhecido como um dos principais porta-vozes da nova geração de jovens alinhados ao trumpismo, Kirk acumulava milhões de seguidores nas redes sociais e conquistava atenção por seus discursos provocativos e duelos verbais em campi universitários.
Carreira e ascensão política
Kirk fundou, ainda adolescente, o Turning Point USA, movimento que se tornou referência entre os jovens republicanos e cresceu em paralelo à ascensão de Donald Trump. Em 2016, já trabalhava como assistente de Donald Trump Jr. e, desde então, passou a figurar entre os rostos mais influentes da extrema direita americana.
Sua militância lhe rendeu espaço na Fox News e projeção nacional como apresentador do The Charlie Kirk Show, um dos podcasts mais ouvidos do país.
Conservadorismo e polêmicas
Alinhado às pautas de Trump, Kirk foi um dos principais difusores das alegações falsas de fraude nas eleições de 2020 e de teorias conspiratórias ligadas à pandemia da covid-19. Em 2024, chegou a divulgar rumores infundados de que imigrantes haitianos estariam comendo cães e gatos em Ohio — uma narrativa repetida dias depois pelo próprio Trump em debate com Kamala Harris.
Seu estilo direto e combativo atraía multidões. Nas universidades, promovia debates relâmpago com estudantes, geralmente adversários ideológicos, em vídeos que rapidamente viralizavam.
Reações e legado
A notícia da morte de Kirk foi confirmada pelo próprio Trump em sua rede Truth Social:
“O Grande, e até Lendário, Charlie Kirk está morto. Ninguém entendia ou conquistava melhor o coração da juventude dos Estados Unidos.”
O episódio chocou tanto apoiadores quanto críticos. De um lado, era celebrado como carismático nacionalista cristão, capaz de mobilizar um exército de jovens militantes. De outro, era apontado como difusor de desinformação e ideias extremistas.
Com apenas 31 anos, Kirk deixa um legado que mistura ativismo político, influência digital e controvérsias, consolidando seu nome na história recente da direita americana.