Segundo Ministério Público do Trabalho, homem foi demitido porque não votou no candidato da preferência do patrão. Empresário disse que houve ‘mal-entendido’.
O dono de uma padaria do Lago Norte, em Brasília, terá que se retratar com os funcionários por ter cometido assédio eleitoral. Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), um homem foi demitido após o primeiro turno da eleições 2022 porque teria votado em um candidato oposto ao do patrão.
O assédio eleitoral é crime e acontece quando um empregador age para coagir, ameaçar ou promete benefícios para que alguém vote em determinado candidato. Na terça-feira (17), o empresário assinou um “Termo de Ajustamento de Conduta” onde se comprometeu a se retratar com os empregados que foram ameaçados ou dispensados por causa da opção de voto.
Além disso, o dono da padaria deverá cumprir uma série de outras medidas, como pregar um cartaz no comércio explicando o que é assédio eleitoral (veja mais abaixo). Na audiência no Ministério Público, ele disse que “tudo não passou de um mal-entendido”.
À TV Globo, ele afirmou que “não imaginava que fosse proibido falar de política com os funcionários” e que, agora, “está ciente” e que não vai mais falar sobre o assunto.
O termo assinado pelo dono da padaria “Ilha dos Pães” com o MPT prevê ainda que o empresário não faça promessas de benefícios ou vantagens aos empregados, ou a pessoas que busquem emprego, em troca de voto para algum candidato. Além disso, o homem ficou proibido de “ameaçar, constranger ou orientar” funcionários para que eles escolham determinado candidato.