Varíola dos macacos: Plano Piloto e Águas Claras têm maior número de doentes

Entre casos confirmados, 4 pacientes são mulheres. Exames descartaram 101 ocorrências e outras 78 ainda são consideradas suspeitas.

O Distrito Federal chegou a 93 casos confirmados de varíola dos macacos (monkeypox) nesta segunda-feira (8). Segundo a Secretaria de Saúde (SES-DF), há ainda outros 78 casos suspeitos.

O Plano Piloto e Águas Claras concentram o maior número de infectados. São 15 casos na primeira região e 12 na segunda (veja números mais abaixo)

Outros 101 casos, que estavam em investigação, foram descartados pelos laboratórios, e 78 permanecem em investigação. Do total de infectados, 88 são homens e 4 mulheres, somando 92 casos.



A pasta contabiliza nos dados confirmados um “caso provável” — classificação da vigilância epidemiologia — de um homem que não fez o exame laboratorial “porque as lesões não tinham fluido para coleta, mas apresentou todas as características da doença”, explica a SES-DF.

De acordo com a secretaria, todos os pacientes diagnosticados com monkeypox estão acima dos 18 anos e abaixo dos 60 anos.

“A maioria dos casos confirmados está na faixa etária entre 30 e 39 anos”, diz a pasta.

Regiões com maior número de ocorrências

  • Plano Piloto: 15
  • Águas Claras: 12
  • Ceilândia: 9
  • Samambaia: 8
  • Guará: 7

Casos por faixa etária

  • 0 a 10 anos: 0
  • 11 a 19 anos: 1
  • 20 a 29 anos: 31
  • 30 a 39 anos: 46
  • 40 a 49 anos: 11
  • 50 a 59 anos: 3
  • 60 a 69 anos: 0

O que é a varíola dos macacos?

A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada. Os sintomas iniciais mais comuns são:

  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Dores musculares
  • Dor nas costas
  • Gânglios (linfonodos) inchados
  • Calafrios
  • Exaustão

A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas:

  • Por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.
  • De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.
  • Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
  • Da mãe para o feto através da placenta;
  • Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
  • Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.