Monitoramento certifica qualidade da água no Lago Paranoá

Programa de balneabilidade da Caesb analisa amostras em dez pontos do lago, garantindo segurança para banhistas e preservação ambiental

Com o tempo aberto na capital federal, quem deseja aproveitar os dias de sol para se refrescar no Lago Paranoá pode ficar tranquilo: o mais recente relatório do programa de balneabilidade da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) confirmou, mais uma vez, que a água está própria para banho.

O monitoramento da qualidade da água é feito semanalmente por meio da coleta de amostras em dez pontos distribuídos ao longo dos 48 km² do lago. As análises, elaboradas no laboratório da Caesb, são um importante indicativo para garantir a tranquilidade dos banhistas que frequentam esse ponto turístico.

“Quando falamos em qualidade da água, precisamos considerar seu uso. Na questão do banho, a água do Lago Paranoá é muito boa, inclusive para a integridade ambiental dos seres que ali habitam. Isso a gente vê pela diversidade de espécies encontradas no lago. Hoje você encontra, inclusive, o camarão, que era um organismo que não estava mais presente e voltou”, explica Bruno Batista, coordenador de Análises Biológicas e Limnológicas do laboratório da Caesb.

Monitoramento rigoroso

Batista explica que no lago são feitos dois tipos de análises: uma mede o pH da água, que deve estar entre 7 e 10 para garantir a segurança dos banhistas, e a outra avalia a presença de coliformes fecais (bactéria Escherichia coli). O limite aceitável, conforme os parâmetros do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), é de até 800 bactérias por 100 mililitros de água.

Além do monitoramento semanal, 34 pontos do lago passam por análises mensais mais detalhadas, conhecidas como pesquisa limnológica. “O programa mensal faz uma avaliação aprofundada da qualidade da água, tanto do ponto de vista ambiental quanto da saúde pública”, destaca Batista.

Os resultados das análises são disponibilizados no site da Caesb. “Visamos a transparência com o objetivo de manter a população sempre informada das condições de banho do lago Paranoá”, completa o coordenador.

As medições de pH são feitas diretamente no lago pelas equipes da Caesb, enquanto a análise microbiológica ocorre no laboratório central da companhia, que possui reconhecimento internacional e passa por avaliações periódicas da Coordenação Geral de Acreditação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (CGCRE-Inmetro). Os resultados são submetidos a órgãos de controle e fiscalização, como a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico (Adasa) e o Instituto Brasília Ambiental.

“Ter a validação das análises que a Caesb faz traz ainda mais qualidade, confiabilidade e segurança para a população, porque a gente está dizendo que tudo que estamos aferindo tem um grau de confiabilidade”, enfatiza Batista.